Datas festivas e ocasiões importantes pedem um brinde em grande estilo – é o grande momento do champagne, do espumante, do prosecco e do frisante. Saiba a seguir qual escolher e como servir. 

Vinhos borbulhantes podem ser facilmente confundidos. Poucas pessoas reconhecem as verdadeiras diferenças existentes entre champagne, prosecco, espumante e frisante, além do preço.

Fatores como local de produção da bebida, tipo de uva e processo de gaseificação são determinantes.

Conheça as diferenças entre essas bebidas borbulhantes, faça sua escolha e aprenda a servi-las apropriadamente.

Champagne: Diferenciais e Como Servir

champagne-producaoSó pode ser chamado de champagne a bebida produzida na região de Champagne-Ardenne, localizado no nordeste da França. Se foi feito em outro lugar, não é champagne.

Ele pode ser feito tanto a partir de um só tipo de uva como também de mais tipos misturados. As únicas espécies utilizadas são a uva chadornay, pinot noir e pinot meunier.

Sua champagne pode ser branca ou rosada – a famosa champagne rosé.

O champagne é elaborado pelo método tradicional, também conhecido como Champenoise.
Nele, a segunda fermentação da bebida ocorre dentro da garrafa. Ele leva mais tempo, e exige mais mão-de-obra, para ficar pronto; por isso o champagne costuma ser a opção mais cara.

A Diversidade do Espumante: Prosecco, Asti, Sekt e Cava

proseccoEm termos gerais, o espumante é o champagne produzido fora da região de Champagne-Ardenne. Mas além disso, sua segunda fermentação pode ocorrer tanto dentro das garrafas (método champenoise) como também em tanques de aço inox pressurizados (método charmat).

O prosecco é um tipo de espumante que, desde que utilizasse a uva prosecco, poderia ser produzido fora da Itália. No entanto, e a exemplo do champagne, atualmente só pode ser feito nas regiões italianas de Valdobbiadene e Canegliano, no Vêneto, e em Friuli.

Ele é produzido exclusivamente pelo método charmat.

Asti, Sekt e Cava

O asti é um espumante de paladar mais doce e com menor teor de álcool. Sua uva é a moscato e sofre apenas uma fermentação, feita em tanques com retenção do gás carbônico e interrompida por resfriamento quando o nível certo de álcool é atingido.
Já o sekt é originário da Alemanha, de um adocicado bastante específico. Sua versão seca chama-se trocken.

Finalmente a cava é produzida na Espanha, especificamente nas regiões da Catalunha e de Penedés. Tratam-se de localidades costeiras, produzindo uvas mais doces.

Frisante: Menos Gás

O frisante não é a mesma coisa que o espumante. Ele possui cerca da metade do gás carbônico encontrado em outros vinhos bebidas borbulhantes. Isso ocorre porque ele é submetido apenas uma única fermentação.
Os melhores frisantes são produzidos na Itália e lá são chamados de lambruscos.

Vale notar que as cidras, muito consumidas no Brasil, são bebidas produzidas com gás carbônico inserido artificialmente, e não por meio do processo natural de fermentação do vinho.
Dessa forma, não se enquadram na categoria de espumantes ou frisantes.

Servindo Champagne, Espumantes e Frisantes

champagne-coposGarrafas de champagne, espumantes e frisantes não precisam de saca-rolhas para serem abertas: basta usar as próprias mãos, torcendo a rolha e empurrando-a para cima.

Embora folclórico, o espocar forte da rolha é indesejável: não apenas o líquido é desperdiçado com o jorro quanto há uma perda do gás carbônico ideal para a apreciação da bebida.

Uma boa pedida é utilizar um guardanapo de pano para cobrir a rolha na hora de retirá-la da garrafa. Isso evita que ela atinja pessoas e objetos.

A taça correta para servir champagne e semelhantes é a flûte. Seu formato estreito e alongado concentra as borbulhas, acentuando o paladar do líquido. Taças mais rasas, abertas e arredondadas estão em desuso.

Essas bebidas devem encher três quartos da flûte e precisam ser servidas em duas partes, de modo que a espuma não se derrame. E devem ser servidos sempre geladinhos.