Publicidade

Review Redmi Note 10 | Pode ser o melhor celular custo-benefício de 2021

Por| 13 de Abril de 2021 às 17h00

Link copiado!

Ivo/Canaltech
Ivo/Canaltech

O Redmi Note 10 é o celular que tem como foco o público que está em busca de um aparelho mais equilibrado. A chegada dele ao mercado é uma resposta ao feedback de muitos usuários, que já haviam adquirido o antecessor Redmi Note 9.

Isso porque a marca conseguiu acrescentar novidades bem-vindas nas especificações sem que afetasse diretamente o preço, que nem mesmo os tempos atuais influenciaram tanto no custo-benefício que a Xiaomi busca aplicar nesta categoria.

Mas, será que ele realmente vale a pena no uso diário, ou é somente mais do mesmo, quando comparado ao “irmão mais velho”? Bom, continue lendo para conferir!


Prós

Continua após a publicidade
  • Câmera principal com melhor fidelização de cores
  • Bateria com ótima autonomia
  • Desempenho agradável em jogos

Contras

  • A interface MIUI continua com diversos anúncios
  • Falta de estabilização em filmagens
Continua após a publicidade

Design e Construção

Ao olhar para o smartphone, quem costuma acompanhar a evolução visual dos dispositivos da empresa pode notar uma grande familiaridade com o Mi 10T. Isto fica ainda mais nítido por causa da parte de trás, que contém apenas algumas leves alterações para representar uma renovação esperada para o celular em 2021.

O corpo dele está menor do que o antecessor, com dimensões de 160.5 x 74.5 x 8.3 mm, e bem leve, pois tem apenas 179 gramas, fazendo com que segurá-lo por muito tempo na mesma posição não seja algo que afete os pulsos de alguma forma.

Continua após a publicidade
A redução no peso ainda entregou como ponto positivo uma empunhadura melhor, mesmo para quem tem mãos pequenas, permitindo uma navegação ampla pelo display, ainda que o modo de uso com uma mão não esteja ativo.

No topo, é possível encontrar uma saída de áudio, que é complementar ao alto-falante na parte de baixo, tendo como principal propósito entregar uma qualidade sonora geral ainda melhor para o usuário.

A traseira é toda em plástico, mantendo algo que a Xiaomi costuma fazer nos smartphones mais básicos da empresa, mas isso acaba sendo uma vantagem para os usuários mais desastrados, já que a tampa neste material previne que possíveis prejuízos sejam causados em um futuro tombo de costas, apesar do módulo de câmeras ser uma preocupação notória nesses casos..

Continua após a publicidade

Um diferencial interessante de ser citado é a proteção IP53, que permite uma resistência maior a respingos de água e poeira. É importante ressaltar que essa certificação é mais voltada para o uso normal do aparelho, então não o mantenha sujo e nem mesmo tente levar chuva com ele, pois esses tipos de situações podem ser fatais para o produto.

Na lateral esquerda está localizada a gaveta tripla, onde é possível inserir dois chips de operadora e um cartão de memória microSD. Já à direita estão os botões de controle para o volume e um híbrido, que serve para ligar e desligar o smartphone, além de ser leitor de digitais.

Conexões

O sensor infravermelho é algo que a gigante chinesa insere há bastante tempo nos smartphones, e acaba sendo um adicional importante para quem está em busca de uma opção complementar para controlar a televisão, ar-condicionado e outros equipamentos pelo celular.

Continua após a publicidade

No smartphone, está inserida a tecnologia de Wi-Fi ac, permitindo o uso de internet wireless nas frequências 2.4 GHz e 5.0 GHz, conseguindo explorar velocidades mais altas para visualização de conteúdos em streaming com resoluções melhores sem engasgos.

Com o Bluetooth 5.0, é possível fazer uso de diferentes dispositivos, incluindo os que possuem foco em IoT (Internet das Coisas). Para quem é mais ligado em entretenimento à moda antiga, o Radio FM presente por padrão no aparelho pode ser uma boa alternativa.

Mas, é importante informar que o campo de busca por frequências não é dos mais amigáveis, então só utilize esta função se estiver com tempo sobrando para pesquisar a rádio desejada.

Além disso, o celular ainda traz uma entrada USB-C para carregamento e o plugue P2 de 3,5 mm para fones de ouvido, acessório que não vem incluso na embalagem do dispositivo, um formato de distribuição rotineiro da marca.

Continua após a publicidade

Tela

A tela do Redmi Note 10 é uma Super AMOLED de 6,43 polegadas, o que representa uma redução em tamanho quando comparado ao Redmi Note 9. Mas, por outro lado, foi mantida a resolução Full HD+ de 2400 x 1080 pixels, e a proporção 20:9 faz com que seja nítido um ganho no aproveitamento de espaço do visor.

Algo que chama a atenção é o fato desse novo tipo de visor estar sendo adotado na linha, mostrando que a Xiaomi está empenhada em levar o modelo intermediário a um novo patamar de qualidade geral. Ele possui taxa de atualização de 60 Hz, mas isso não impede que o uso seja agradável, mesmo em jogatinas.

Continua após a publicidade

O furo no display está localizado na parte central, ficando ainda menor e deixando exposta apenas a lente disponibilizada na câmera frontal, fazendo com que a borda superior esteja ainda menor, algo que ajuda até mesmo a alinhar os ícones de maneira mais simétrica.

Algo que passa desapercebido por muita gente, mas que acaba fazendo toda a diferença na experiência de uso a longo prazo, está relacionado com a fabricante do display. Normalmente a Xiaomi tem muitas dores de cabeça com a fornecedora Tianma, que costuma apresentar toques fantasma após um tempo de uso.

Mas, nesta versão que passou pelo Canaltech, a fabricante da tela foi a Samsung, fazendo com que esta complicação que faz a troca do visor ser necessária esteja um pouco mais distante de acontecer.

Configuração e Desempenho

Continua após a publicidade

Como já é rotineiro nos dispositivos da marca, o smartphone conta com a interface MIUI 12, baseada no Android 11, onde diversos recursos desenvolvidos pela própria Xiaomi acabam sendo disponibilizados para os usuários, como gerenciador de arquivos, compartilhador de conteúdo, gravador de tela, galeria, entre outros.

Algo que segue incomodando são os anúncios em diversos aplicativos que já vêm instalados por padrão no sistema, fazendo com que seja necessário desativar essa opção nas configurações de cada um, demandando tempo e muita paciência.

Dentre as opções presentes na interface, está o Game Turbo, onde existe a possibilidade de explorar ao máximo a performance do chipset Snapdragon 678, além de dar diversas opções de funcionalidade para deixar a navegação ainda mais otimizada.

Continua após a publicidade

Esse recurso também é muito útil para quem gosta de gravar gameplays, pois possui uma ferramenta para captura da tela, além de permitir desativar notificações, mudar a coloração da tela para deixar as cores do game ainda mais vivas, e até mesmo uma opção para o espelhamento da tela do celular em uma smartTV via WiFi.

Voltando a falar a respeito do Snapdragon 678, ele é um lançamento recente, de dezembro de 2020, sendo uma evolução bem-vinda do Snapdragon 675 e tendo como foco o mercado de dispositivos intermediários, entregando melhorias notáveis em fotografias e jogos, elementos que foram muito bem ajustados no Redmi Note 10.

Ainda em relação ao desempenho geral do smartphone, em soma à plataforma da Qualcomm, a Xiaomi adicionou duas alternativas de memória RAM e armazenamento interno, sendo possível encontrar o de 4 GB nas opções de 64 GB e 128 GB, enquanto o de 6 GB só possui a versão de 128 GB.

O celular tem uma boa performance em jogos populares, conseguindo rodar com tranquilidade títulos de diferentes categorias, como Asphalt 9, Call of Duty Mobile, Free Fire, PUBG, League of Legends: Wild Rift e Crash On The Run.

Continua após a publicidade

Câmera

No Redmi Note 10, foi inserido um conjunto de quatro câmeras na parte traseira, bem como uma frontal, dando maior versatilidade no uso diário, algo que chama a atenção dos usuários e ajuda a empresa a anteder uma necessidade do público que adquire o smartphone custo-benefício.

Câmera principal

A câmera principal possui 48 megapixels e abertura f/1.8, fazendo capturas em modo wide, permitindo assim uma flexibilidade alinhada com a qualidade entregue pela lente.

Nesse sentido, o software do aparelho ainda disponibiliza uma Inteligência Artificial que, quando ativada, consegue identificar a diferença entre pessoas, objetos e textos, onde no último ainda é possível criar um documento sem a necessidade de baixar apps de scanner.

Ultrawide

A secundária é uma de 8 MP com abertura f/2.2, que pode ser acessada pelas opções de controle do próprio aplicativo da câmera para o uso do modo ultrawide, dando uma visibilidade ainda maior, de 118°, para conseguir mostrar mais elementos nas fotos.

Este tipo de câmera é ideal para quem deseja fazer imagens de um grupo de amigos e não quer deixar ninguém de fora, bem como em ambientes abertos, como parques e praças, onde a beleza desses locais pode ser explorada em um único clique.

Modo macro

Na câmera macro, a Xiaomi adicionou um sensor de 2 MP com abertura f/2.4, permitindo capturar mais detalhes nos elementos fotografados em uma distância muito menor do que uma foto normal.

Apesar de permitir essa visibilidade por uma perspectiva interessante, se a resolução fosse um pouco maior, o resultado ia ficar bem mais agradável, já que grande parte dos elementos mínimos dependem disso para aparecerem melhor nas imagens.

Modo retrato

A câmera de modo retrato também possui 2 MP e abertura f/2.4, mas ela não necessita de uma resolução tão alta, e já consegue entregar bons resultados em situações de luz natural.

Via software, é possível fazer uso desse recurso na câmera frontal, onde a imagem tem um bom recorte, mas ainda apresenta alguns erros no contorno do cabelo. Assim, pode ser que seja necessário fazer mais de uma tentativa para que a foto neste formato possa sair do jeito desejado, entregando nitidez e desfoque.

Modo noturno

O modo noturno é o que faz muitos usuários ficarem atraídos pelo Redmi Note 10. Entretanto, esta opção requer um pouco de paciência no uso, já que o pós-processamento não é tão avançado quanto o de outras fabricantes, como a Samsung e Google, e isso afeta a qualidade geral da imagem que, mesmo tendo uma claridade interessante, entrega um resultado muito artificial e com baixa nitidez, deixando mais parecido com uma pintura do que uma foto de fato.

Câmera frontal

A câmera focada em selfies possui 13 MP e abertura f/2.5, e, assim como a principal na traseira, ela também permite capturas em formato wide, algo que ajuda quem não tem o braço tão longo a dispensar o uso de acessórios, como o pau de selfie.

Um ponto a se destacar está relacionado com a colorização atual das fotos que, mesmo sem qualquer tipo de edição, já se mostram mais amigáveis ao visual ocidental, sem jogar diversos filtros de embelezamento que deixam a cara “embonecada”, a não ser que seja da vontade do usuário, já que existe essa ferramenta no app de câmera.

Mesmo com esse ponto positivo, ela ainda pode evoluir um pouco mais, pois em contraluz ainda estoura bastante e em ambientes com luz controlada acaba perdendo muitos detalhes, mas consegue se sair em outras situações de iluminação, mostrando que o sol é um ótimo aliado na hora das selfies com ele.

Vídeo

Para gravações na traseira, o Redmi Note 10 traz como opções as resoluções 1080p a 30/60fps e 4K a 30fps. Apesar destas alternativas serem necessárias e muito bem-vindas, o celular poderia ter recebido uma estabilização melhor, pois nem mesmo a opção já presente nas configurações de câmera consegue fazer as gravações ficarem menos tremidas.

Quem gosta de criar conteúdo em vídeo, o ideal é sempre usar a resolução 4K, mesmo não sendo tão fluida quanto o 1080 a 60fps, poque dá uma versatilidade maior no momento da renderização para as redes sociais.

A frontal só possui a opção 1080p a 30fps, mas essa qualidade já é suficiente para quem quer um celular intermediário com foco em fazer Stories ou Reels no Instagram, e vídeos rápidos nas plataformas do momento, como TikTok e Kwai. Porém, ainda acredito que a falta de estabilização poderia ser resolvida com uma atualização de firmware.

Sistema de Som

Mesmo sendo o modelo mais barato lançado pela Xiaomi, até o momento, o Redmi Note 10 possui um bom sistema de som estéreo. Nesta versão, a empresa implementou o formato de saída dupla, mas em uma instalação diferente do esperado.

Isso porque um dos alto-falantes fica na parte de cima do smartphone e o outro embaixo, local onde é rotineiro de se ver. Porém, na experiência de uso, foi possível notar que há uma diferença de sonoridade entre os dois.

Ao tampar parcialmente a saída de baixo, é notória uma queda no volume geral do som, algo que não acontece com tanta percepção quando o mesmo processo é feito com a saída de áudio do topo, é como se uma fosse a principal e a outra complementar para dar uma potência a mais, principalmente em músicas.

Bateria e Carregamento

O destaque do Redmi Note 10 é a bateria, que possui 5.000 mAh, garantindo uma ótima autonomia, onde o celular dura o dia inteiro com conforto no uso rotineiro. Jogando seis jogos a uma média de 20 minutos, cada, a drenagem fez com que a capacidade da carga caísse de 100% para 60% em menos de duas horas.

Porém, em redes sociais, aplicativos de localização e outros apps normais, foi notório que a administração energética se manteve equilibrada, fazendo com que a porcentagem restante durasse mais de 16 horas.

Na caixa, a Xiaomi já disponibiliza um carregador turbo de 33W, permitindo a exploração da tecnologia de carregamento rápido presente no dispositivo. O tempo de recarga médio é de 1h20, chegando em 50% nos primeiros 40 minutos, algo que pode ser interessante para quem precisa ficar o tempo todo com o celular em mãos e essa porcentagem já consegue atender à necessidade.

Concorrentes Diretos

Até o momento de publicação desse review, o Redmi Note 10 não possui nenhum concorrente direto. Entretanto, as configurações dele permitem que seja uma boa alternativa para alguns smartphones comercializados em solo nacional, como o Galaxy A51 da Samsung.

Comparando com o Motorola Moto G9 Plus, no entanto, o celular intermediário da Xiaomi ganha com folga, já que consegue entregar diversos aprimoramentos no display, desempenho e fotografia, mostrando uma evolução muito bem-vinda dentro desta categoria.

Conclusão

Definitivamente, o Redmi Note 10 é o modelo que mostra o quanto a Xiaomi tem se preocupado em manter um equilíbrio entre qualidade e preço na linha de intermediários da marca.

O design sem grandes renovações não apaga os destaques presentes no hardware do smartphone, que conseguiu se mostrar um lançamento ideal para quem não quer, ou não pode, gastar muito em um celular novo.

Apesar da clara evolução fotográfica e dos recursos presentes para capturas e filmagens em diferentes formatos, ele ainda não conseguiu superar os intermediários da Samsung, principalmente em selfies.

Todavia, na câmera traseira, o modo noturno se mostra uma alternativa atrativa para a categoria, mas as gravações ainda são inferiores em estabilidade, mesmo com a evolução em qualidade.

Quando se trata de bateria, não há do que reclamar, já que a capacidade aplicada consegue ser boa para usuários moderados e até mesmo hardcore, garantindo várias horas de gameplay sem precisar se preocupar com a tomada, mesmo sabendo que o carregamento não vai demorar muito, já que a tecnologia fast charge ajuda nesse quesito.

Mesmo com alguns pontos negativos, o Redmi Note 10 ainda vale a pena e se mostra um intermediário muito bom para quem está em busca de um modelo que traga o formato de custo-benefício que vai além do marketing da fabricante e cumpre a promessa na experiência de uso diária.

No momento, o Redmi Note 10 pode ser encontrado para compra na versão de 4/128 GB por um preço médio de R$ 1.750 diretamente em varejistas brasileiras, fazendo com que não seja necessário contar com a sorte no momento da importação de sites chineses.

Gostou do Redmi Note 10? Você pode comprá-lo aqui!