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Como escolher um fone de ouvido?

Por| Editado por Léo Müller | 21 de Janeiro de 2022 às 10h50

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Ivo/Canaltech
Ivo/Canaltech

Quando estamos em busca de um novo fone de ouvido, nem sempre é uma tarefa fácil encontrar a opção ideal para o nosso tipo de uso. Para facilitar a sua jornada nesse processo, preparamos um guia completo que pode te ajudar na hora de escolher o fone de ouvido ideal para você.

Mas, antes irmos direto ao ponto, é importante você pensar no motivo para a aquisição de um fone de ouvido: é para jogar, estudar e trabalhar, fazer exercícios físicos ou apenas ouvir boas músicas?

Para cada uso, existe uma resposta ideal, e, por esse, motivo saber qual opção atenderá às suas expectativas faz com que o processo de compra seja mais trabalhoso.

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E para piorar a situação, a quantidade de modelos presentes no mercado anda em paralelo com as oportunidades de compra em diferentes faixas de preço. Isso porque é possível encontrar fones de R$ 10 a R$ 5.000, ou mais.

Quer saber todos os detalhes? Então, confira ao longo do texto.

O que realmente importa na hora de escolher um fone de ouvido?

Um dos fatores que realmente faz diferença na hora de escolher um fone de ouvido são as especificações técnicas embutidas no manual do aparelho, bem como as anotadas no site oficial da fabricante.

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Elas proporcionam uma estimativa mais concreta da qualidade que o fone de ouvido é capaz de entregar. Por isso, é essencial descobrir alguns dados antes da compra.

Driver

O driver é uma espécie de alto-falante, mas em formato ultra compacto. Por isso, ele é melhor definido como um condutor sonoro com foco em dar boa qualidade aos fones sem que isso afete o tamanho geral do produto, já que a intenção é ele sempre se encaixar bem nas orelhas, ou no canal auditivo.

E para entregar o resultado sonoro esperado, a fabricação desse tipo de peça exige um custo maior do que o esperado, pois é necessário minimizar o equipamento e proporcionar aprimoramentos positivos no som.

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Para drivers presentes em fones Bluetooth TWS — que são menores — é comum que o elemento varie o seu tamanho entre 5,6 e 12 mm, como é o caso dos modelos Free II e JBL Tune 225TWS, respectivamente.

Já para headsets — fones maiores e que normalmente vêm acompanhados de microfones externos —, é muito comum que o driver seja amplo. A média é de 40 mm, e essa espessura favorece o processo de fabricação, pois o manuseio é mais simples e, consequentemente, o preço repassado ao consumidor é menor.

Entretanto, assim como existem modelos TWS baratos, como é o caso dos Redmi AirDots que custam uma média de R$ 60, também é comum vermos headsets variando entre R$ 100 e R$ 2.000. O preço está relacionado com a qualidade do driver e tecnologias embutidas no produto.

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Impedância

Essa medida é uma das mais importantes para determinar o volume geral do som no fone de ouvido. Isso porque a medição é expressa em Ohms, que precisam ter um valor abaixo de 20 para demonstrar ao usuário a altura que será alcançada com o produto escolhido.

Sendo assim, quanto menor é a quantidade de Ohms, maior é a probabilidade de o fone ter um volume mais alto.

Decibéis

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Para saber tanto a intensidade geral do som quanto o volume que o fone pode alcançar, o decibel é a medida correta. O ouvido humano tem um limite mínimo e máximo de decibéis que pode suportar sem danos permanentes, que é em torno de 80 db.

O fato de essa sensibilidade ser bem próxima em fones TWS e headset faz com que um produto acima desse limite imposto para manter a audição saudável — 80 db — já tenha um volume atrativo para o uso constante.

Resposta de frequência

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Além dos decibéis, o ouvido humano também tem uma detecção limitada de frequências. Isso porque somos capazes de identificar níveis entre 20 Hz e 20.000 Hz (20 kHz). Por este motivo, os fones de ouvido precisam reproduzir, no mínimo, essa capacidade máxima.

No entanto, existem modelos mais profissionais que fazem essa variação ser ainda maior, pois alcançam frequências abaixo de 20 Hz e acima de 20.000 Hz. Dessa forma, a experiência de áudio é elevada, pois mais detalhes das canções podem ser detectados pela audição.

Conector

De 2018 em diante, a popularização de fones de ouvido sem fio — TWS — de boa qualidade fez com que o público se preocupasse mais com o alcance e tempo de resposta do produto utilizando esse tipo de frequência.

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Porém, é importante destacar que mesmo com essa opção ainda é comum encontrarmos modelos de alta performance com conector de 3,5 mm (P2), principalmente os headsets que possuem microfone.

Entretanto, alguns fones mais profissionais, como é o caso do Sennheiser HD 560S, oferecem a possibilidade do uso de um cabo com uma das pontas de 6,5 mm (P10) para plugue em violões, caixas de som e outros equipamentos compatíveis.

Apesar de não influenciar na qualidade do som propriamente dito, a extensão da compatibilidade é um diferencial importante na hora da escolha.

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Tipos de fones de ouvido

Existem quatro tipos principais de fones de ouvido. Eles normalmente variam de formato e, consequentemente, de preço.

Algumas opções são mais populares e facilmente encontradas em lojas de eletrônicos, e outras foram desenvolvidas para um público mais seleto e exigente.

Auriculares (earbud)

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Esse é o modelo mais fácil de ser visto em lojas, camelôs e ainda está presente na caixa de alguns smartphones. Esse modelo é o que pode ser encontrado por preços menores, apesar de a Apple ter feito esse tipo de dispositivo atingir um valor inesperado — por volta de R$ 200 — ao disponibilizar na caixa dos antigos iPhones.

Os auriculares são pequenos, leves e a vedação sonora não é das melhores. Consequentemente, o som escapa e faz com que o volume precise estar próximo do limite para que uma música seja reproduzida sem a interferência exorbitante de sons externos.

Intra-auriculares (in-ear)

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Com a forte influência da Apple no mercado de fones TWS, os modelos intra-auriculares estão mais populares do que os fones auriculares. A principal característica física para identificar um in-ear é a ponteira de silicone desenvolvida para ficar no canal auditivo.

O diferencial desse modelo é a fixação no ouvido, pois permite uma elevação na fidelidade sonora, bem como a redução passiva dos ruídos externos. Em contrapartida, alguns usuários ficam incomodados durante o uso prolongado.

Circumaurais (over-ear)

Esse formato é um dos mais confortáveis para o uso por longas horas. Os fones ficam instalados em torno da orelha e, por isso, também são conhecidos como over-ear. Assim como os intra-auriculares, os circumaurais são capazes de isolar bem o som.

Outro ponto interessante é que esse modelo é muito visto na cabeça de sonoplastas, DJs e diversos tipos de profissionais da música. Porém, o tamanho é um grande ponto negativo para quem prefere dispositivos compactos por facilitar o transporte.

Atualmente, é possível encontrar diversos fones over-ear que podem ser dobrados. Entretanto, o gasto para ter esse diferencial nem sempre compensa para o público que não busca um produto mais robusto em áudio para uso profissional.

Supra-auriculares (headset)

Os supra-auriculares são muito conhecidos aqui no Brasil por quem é fã de headsets. O tamanho consideravelmente maior do que os três modelos acima faz com que a cobertura das orelhas seja completa.

No geral, a fidelidade sonora entregue neste tipo de fone é agradável. Com a população de acessórios gamer, é muito comum vermos jogadores entusiastas, amadores e profissionais utilizando esse modelo.

E o preço?

Considerando a média de mercado, cada modelo varia de preço. Dificilmente, os fones do tipo earbud que custam menos do que R$ 50 conseguem reproduzir músicas com fidelidade razoável.

Já os in-ear estão recebendo bons upgrades de som nos últimos anos. Prova disso é a possibilidade de encontrar bons modelos em conforto e qualidade de áudio por uma média de R$ 150. Porém, para quem prefere equipamentos mais avançados, o gasto pode ultrapassar R$ 1.200.

Tanto os circumaurais quanto os supra-auriculares possuem modelos com valores atrativos para o público que não pode gastar muito e quer um acessório com áudio bom, que é em torno de R$ 400. Entretanto, assim como os in-ear, o preço pode ser exorbitante e alcançar até R$ 5.000.

Marca é importante?

A saturação do mercado com diversas opções de marcas de fones de ouvido faz com que os usuários fiquem confusos em relação a quais seriam as melhores.

Porém, é importante “colocar a mão na consciência” e comprar o modelo que se enquadra melhor no seu gosto pessoal e no quanto você pode gastar.

Evite adquirir versões piratas de produtos premium só pelo status, pois, na maioria das vezes, o barato sai caro. Além disso, busque sempre informações para saber se o produto que você está em busca é a versão original.

Para evitar problemas, adquira no site oficial ou em varejistas que são parceiras da marca, e isso vale para aparelhos vendidos no Brasil ou importados.

Muitas vezes, as pessoas associam qualidade à empresa que fabrica, e isso faz sentido quando falamos de fones de ouvido.

Quando a empresa já possui um histórico positivo de produtos de alto desempenho, dificilmente estará disposta a produzir fones baratos, e o mesmo vale para as marcas com bom custo-benefício.

Sendo assim, empresas como Bose, AKG, Sennheiser, Monster (Beats Audio) e Apple não arriscarão a fama de especialistas em música para disponibilizarem modelos abaixo de R$ 300, como a Xiaomi, Edifier, Philips e JBL fazem.

Infelizmente, no Brasil, esses modelos são vendidos com preços até 10 vezes mais caros do que os encontrados no mercado internacional.

Por este motivo, as marcas mais baratas conseguem vender por aqui em maior quantidade, mesmo que nem sempre proporcionem a maior qualidade.

Afinal, como escolher um fone de ouvido?

A escolha por um dos modelos apresentados vai depender de você, e das suas escolhas pessoas para o uso. Se o seu foco é ter um produto compacto, com preço acessível e para uso mais simples — como ouvir áudios no WhatsApp e atender a ligações —, o ideal é o auricular.

Caso o seu desejo é voltado para ter em mãos um produto mais confortável para o dia a dia, principalmente com foco em isolar ruídos externos, o intra-auricular é a melhor opção.

Afinal, a portabilidade aliada com a qualidade entregue pela maioria dos produtos no mercado, bem como a bateria com boa durabilidade são diferenciais importantes a se considerar.

Quem deseja modelos com foco em uso básico com uma cobertura maior das orelhas ou profissional, bem como musicistas e audiófilos, o ideal é o circumaural.

Com diferentes faixas de preço, é muito fácil encontrar o que se encaixa melhor na sua necessidade de áudio sem abrir mão do conforto para o uso por longas horas.

Quando se trata do mercado gamer, não existe alternativa melhor do que o supra-auricular. O conforto aliado com a versatilidade oferece aos jogadores o acessório ideal para elevar a experiência de uso. Sendo assim, esse modelo é a escolha mais coerente para esse público.