TECNOLOGIA

Como escolher o melhor headset gamer para jogar

Companheiros de todas as jogatinas, os headsets são alguns dos acessórios mais importantes para quem gosta de games, sendo tão vitais quanto um bom mouse e teclado.

A escolha de um periférico de baixa qualidade pode comprometer totalmente o seu desempenho nos jogos, principalmente quando falamos de títulos competitivos de tiro em primeira pessoa, onde cada movimento precisa ser ouvido e rastreado.

Já imaginou, tentar vencer uma partida de CS:GO sem conseguir distinguir de onde vêm os tiros? Por essa razão mostraremos todos os detalhes para os quais você precisa estar atento na hora de comprar o seu headset gamer.

Falaremos dos principais aspectos, desde o tipo de conexão até a questão da qualidade de som e do famoso 7.1. 

Novo Headset Corsair Virtuoso Wireless

Como escolher um bom headset gamer para jogar

A primeira coisa que você precisa fazer quando está em busca de um headset é determinar em quais plataformas pretende utilizar o equipamento.

O PC é sem sombra de dúvidas a mais democrática: aceita praticamente todos os tipos de conexão e modelos disponíveis no mercado, permitindo inclusive a instalação de drivers e softwares específicos para ajustar a equalização sonora.

Os PCs aceitam quase todos os tipos de conexões

Os headsets com conexão do tipo P2 são bem tradicionais e compatíveis com os jacks dos controles do Xbox One, PlayStation 4 e PCs, mas dependem da qualidade de amplificação do seu equipamento.

Já os headsets com conexão USB têm seus próprios sistemas de amplificação, mas é necessário verificar a compatibilidade deles com PS4 e Xbox One. Nesse quesito, não há uma opção melhor ou pior, mas tão somente aquela que mais se adapta à sua necessidade.

Se não tiver uma boa placa de som em seu PC, ou se possuir componentes que causem muito chiado (como placas de vídeo e fonte com problemas de Coil Whine), a solução USB pode ser mais interessante por muitas vezes trabalhar de forma mais isolada, evitando ruídos indesejados.

Headset HyperX Cloud Flight, compatível com consoles e PC (Imagem: HyperX)

Qualidade de som é (quase) tudo!

O fator que pode fazer a maior diferença na escolha de um fone de ouvidos para jogos é a qualidade sonora. Procure por modelos com drivers sonoros capazes de produzir áudio livre de distorções, mesmo em volumes elevados.

É importante que o som tenha um grau razoável de separação, permitindo a distinção entre diferentes ações no game. 

Cuidado ao priorizar apenas o grave

Nesse ponto, um erro muito comum é privilegiar os modelos que sobrecarregam os graves. Alguns deles podem soar “mais potentes” ou até mesmo mais divertidos por conta das vibrações, mas a verdade é que nos jogos deve prevalecer o equilíbrio.

O excesso de graves pode embolar as frequências e acabar prejudicando a sua capacidade de distinguir a direção dos sons. 

Drivers de áudio do headset Sennheiser GSP 670 (Imagem: Sennheiser)

Softwares e o mito do 7.1

Falando em som e posicionamento, um dos grandes pontos de venda de muitos dos modelos é a presença de sistemas de som surround 7.1, virtuais ou reais, como no caso do Razer Tiamat 7.1.

Há softwares como o Dolby Atmos e DTS Sound, que de fato parecem melhorar a noção espacial. Contudo, infelizmente a maior parte das soluções 7.1 do mercado apresenta um resultado bem abaixo do esperado, prejudicando a qualidade geral do som.

A equipe do Linus Tech Tips fez um teste com diversos modelos e soluções, medindo o desempenho dos jogadores com cada uma delas. Assista abaixo:

Como você pode ver, o único modelo com 7.1 real era o Razer Tiamat, e ele foi péssimo em termos de precisão sonora. Por isso, muitos especialistas afirmam que é melhor investir em um excelente par estéreo de headphones, capaz de entregar som nítido, do que investir em soluções 7.1 de baixa qualidade. 

Tabela comparativa mostrando grau de precisão dos jogadores com diferentes modelos de headset

Conforto para longas sessões de jogatina

De nada adianta o melhor som do mundo se você não for capaz de usar o equipamento confortavelmente. Um bom headset gamer deve possuir ampla capacidade de ajuste para se adaptar perfeitamente ao formato da sua cabeça.

Alguns modelos vêm com copos rotacionáveis, que fazem um encaixe melhor. Mesmo se optar por um modelo fixo, preze pela possibilidade de ajustar o tamanho do arco.

Os fone leves são os mais indicados para evitar a fadiga

Outro fator é o peso: o ideal é um fone leve para não gerar fadiga e tensão muscular. O conforto também é decorrente do formato e do material utilizado nos ear pads.

Eles devem ser bem acolchoados, sem exercer pressão excessiva sobre suas orelhas – caso contrário, podem induzir até mesmo a dores de cabeça. 

O formato over the ear é o mais comum para os headset gamer. Neles, os copos fazem contato com a sua cabeça, não pressionando as orelhas. Seja qual for o headset, é sempre  interessante procurar uma loja física para fazer um teste do equipamento pessoalmente. 

Headset Logitech G933 Wireless Artemis Spectrum (Imagem: Logitech)

Qualidade de microfone

Quando falamos de jogos online e competitivos, a qualidade de comunicação é essencial. Um bom headset com microfone deve ser capaz de capturar a sua voz e transmiti-la aos demais membros do esquadrão sem distorções, com alta qualidade e da forma mais natural.

Prefira modelos com ajustes flexíveis, ou ao menos vertical. Isso é essencial para evitar ruídos de respiração. Outro ponto a ser considerado é o tipo da cápsula do microfone. Alguns modelos são direcionais, ficando voltados diretamente para a sua boca.

Além de facilitarem a compreensão da fala, eles evitam a captação de outros sons, como os de clicks do mouse e das teclas batendo, principalmente se você costuma jogar com teclados mecânicos. 

Isolamento Acústico: Open ou Closed back?

Outro ponto importante e que gera dúvidas na hora de escolher o headset é a diferença entre os modelos Open e closed back. Os open back são vazados, permitindo a passagem do som externo para seus ouvidos.

Eles costumam ser mais confortáveis não apenas pela ausência da sensação de isolamento, mas também pela respirabilidade, não esquentando as suas orelhas excessivamente. 

Outra tendência dos modelos abertos é de apresentar palco sonoro maior, pela questão da dissipação do som, o que pode ajudar no posicionamento espacial em uma partida.

Você joga em ambientes barulhentos?

Pela permeabilidade sonora, eles não são indicados para ambientes barulhentos. Eles também vazam mais sons do que os modelos fechados, podendo incomodar quem estiver por perto.

Já os modelos fechados são indicados para quem procura um maior isolamento acústico. Eles abafam os ruídos externos, mantendo a sua atenção focada no jogo.

Em títulos competitivos, principalmente, onde é necessário ouvir cada passo do oponente, eles podem ser a opção mais indicada. Tudo dependerá do ambiente em que você joga. 

Modelo Sennheiser demonstrando a diferença entre design fechado e aberto

Com ou sem fio, eis a questão…

Alguns ainda veem periféricos wireless com certo preconceito, tendo receios com relação a atrasos na transmissão dos dados.

Contudo, soluções modernas como aquelas adotadas por marcas como a Logitech, Corsair, HyperX, Sennheiser e Razer possuem uma diferença literalmente imperceptível em relação aos cabos. 

O que é muito comum nos modelos sem fio é a compressão da qualidade do áudio captado pelo microfone, tornando-o um pouco mais “quadrado” em relação aos modelos com fio que possuem bons microfones.

Ainda assim, a sua maior preocupação deve ser com relação à comodidade. Pense nos seguintes fatores:

  • Fones de ouvido sem fio dão completa liberdade ao jogador, que pode se mover pelo cômodo sem travar em cabos e sem risco de prendê-los em momentos decisivos. Contudo, esses modelos custam mais caro e exigem recargas constantes. A durabilidade da bateria também é limitada e ela pode acabar durante a partida.
  • Fones de ouvido com fio não necessitam de recargas, são mais baratos e podem facilmente ser ligados ao computador. Contudo, não oferecem a mesma comodidade e liberdade durante a jogatina. Tendem a ter uma durabilidade bem mais alta por não dependerem de baterias internas.  

Novamente, cabe considerar aquilo que é mais importante para você.

De olho na qualidade de construção

Aproveitando o assunto da durabilidade, outro aspecto a ser considerado é a qualidade de construção do headset. Muitos dos modelos, principalmente em faixas de preço mais baixas, costumam vir com peças frágeis, hastes finas e encaixes que podem quebrar na primeira queda.

Atente-se para a espessura dos cabos e para o material utilizado no revestimento dos pads que ficam em contato com a sua cabeça. Há alguns tipos de “couro” e tecido que descascam com facilidade, transformando a experiência em um pesadelo. 

Você já deve ter visto um fone seu descascando… (Imagem: Techscrew)

Alguns dos modelos da Sony, da linha PlayStation Gold, ficaram bastante famosos por apresentarem esse tipo de problema, além de quebras constantes na haste e outros tipos de rachadura. 

Para fazer a escolha certa, liste tudo aquilo que você considera mais importante antes de começar a busca de fato. Procure se informar com reviews de outros usuários que tenham o produto há mais tempo.

Muitas das lojas, como a Amazon, permitem atualizações das avaliações, sendo fontes importantíssimas para informar a compra. 

Por fim, estabeleça os valores e divirta-se comprando um excelente equipamento, que certamente fará a diferença no seu desempenho como gamer.

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Fonte(s): Sennheiser e Corsair